quarta-feira, 17 de dezembro de 2008






O novo Jornalismo ou Jornalismo Literário





A idéia de incluir o discurso jornalístico em gênero literário começa a engatinhar por volta dos anos 50 e ao longo desta época é consolidadado pelo norte-americano Truman Capote. A nova prática que aproximava a estrutura da reportagem à estrutura de gêneros ficcionais derubava o mito da objetividade do discurso bastante conhecido entre jornalistas e leitores. Esses "romances-reportagens" era geralmente veiculados em "livros-reportagens", mas também foram laboratórios importantes as revistas Esquire, Rolling Stone, The New Yorker e, no Brasil, a revista Realidade e o Jornal da Tarde. Outros autores que fizeram carreira literária também escreviam reportagens nos moldes do new journalism: Tom Wolfe, Euclides da Cunha, Fernando Morais, Gay Talese, Norman Mailer etc.
Conservadores defendem a forma clássica de relatar os fatos, restringindo a expolicação ao lead e ao discurso objetivo e direto ao passo que os escritores-jornalistas acreditam ser possível atribuir um exercício estilístico mais sofisticado à narrativa dos fatos. Pesquisas de opinião entre leitores atribuem preferência à esta última forma de receber informações. É indiscutível, no entanto, que os defensores do Jornalismo Literário são minoria e que a atual narrativa jornalística é praticamente unânime nos impressoas que mais possuem credibilidade em todo o mundo.